O futuro de Pato Branco com o processo de impermeabilização do solo

Na sessão de segunda-feira (02),  as engenheiras Civil e Ambiental, Jéssica Nuernberg e Thays Leonardi, apresentaram aos vereadores um diagnóstico da gestão da drenagem urbana de Pato Branco.  O convite havia sido formulado pelo vereador Fabricio Preis de Mello (PSD).

Na da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), câmpus de Pato Branco, segundo Jéssica, elas  participam do Programa de Pesquisa de Recurso Hídricos. Thays explicou que as inundações são geradas pela impermeabilização do solo provocada pelo crescimento urbano e tipo de terreno, entre outros fatores. Hoje, Pato Branco responde por 15% de novos loteamentos no Estado do Paraná. 

O histórico de inundações em Pato Branco, conforme os dados apresentados, em 2009, inundação na Baixada Industrial, 2015, Centro. Novamente, mas 2018,  o fenômeno voltou a ser registrado na Baixada Industrial e neste ano no Centro. O  estudo aponta que as inundações passaram a ser recorrentes em Pato Branco.

Previsão

Os dados apresentados revelam que a bacia suscetível às inundações se localiza nos  bairros Industrial, Bonato, Baixada Industrial.  O estudo aponta dois cenários, o primeiro  para os próximos dez anos , que considera o ritmo de crescimento. O segundo cenário é como se área estivesse bastante ocupada, mas com base no Plano Diretor do Município.  O estudo aponta que as inundações vão aumentar. No outro lado da cidade, a preocupação é com a expansão urbana na região do bairro São Francisco, liberação de novos loteamentos e a construção de um empreendimento comercial.

Prevenção

As ações que buscam minimizar as inundações estão ligadas as bacias de contenção. Por exemplo, no bairro Pinheirinho e em fase de construção a bacia no bairro Bonato. Outra ferramenta importante para conter enchentes são os parques ambientais, por exemplo, o Parque Alvorecer.

Também é premente o controle de poluição e manutenção dos sistemas de drenagem, limpeza dos rios. O volume de resíduos que chega aos rios é de proximamente 2 quilos por habitante e anualmente. Para uma cidade com mais de 70 mil habitantes, o estudo alerta que é uma quantia muito grande que chega aos rios. 

Além disso, o Município conta com uma legislação que obriga a limpeza de galerias de água pluvial a cada dois anos. A outra legislação, citada pelas profissionais é a  determina a captação de água da chuva, ou seja, a instalação de cisternas.

Alternativas

O estudo prevê ações que devem ser aliadas aos sistemas convencionais, por exemplo, jardins de chuvas, telhados verdes e pavimento permeável, que é os objetos do estudo, do diagnóstico da gestão da drenagem urbana de Pato Branco.  O pavimento permeável apresenta inúmeras vantagens, a remoção de poluentes, redução da taxa de escoamento superficial, uso duplo do espaço e recarga de águas subterrâneas. “O pavimento poroso facilita que a água se infiltre no solo”, afirma o estudo.